segunda-feira, 7 de novembro de 2011

GODARD








Inovador, polêmico e gênio são alguns adjetivos utilizados quando o assunto é o cineasta Jean-Luc Godard. Nascido na década de 30 no seio de uma família burguesa tem acesso ao mais alto grau de educação chegando a morar, quando criança, na Suíça. E ao voltar para França se forma na Sorbonne em Etnologia. Seu primeiro contato com cinema se dá por volta dos anos 50, primeiramente, como crítico de uma revista chamada Cahiers Du Cinéma depois como diretor de curtas, e é somente em 59 que seu primeiro longa é realizado: Acossado (A bout de souffle). Filme com argumento de Truffaut, que era seu parceiro até a década de 70 quando houve o rompimento da amizade . Acossado abriu as portas para nosso cineasta e modificou toda a estrutura do Cinema tornado-se clássico. Veja aqui seu trailer e aqui alguns comentários de grandes cineastas sobre o filme.


Na verdade, após A bout de Souffe , Godard veio a conquistar um merecido espaço no mundo artístico e deu início, junto com Truffaut e outro cineastas, como Chabrol a uma famosa corrente cinematográfica conhecida como Nouvelle vague. Tal movimento tinha como enfoque construir um cinema crítico ao mesmo tempo autoral, isto é, o diretor como a elemento principal do filme. É devido a Nouvelle Vague e seus seguidores que hoje temos o cinema do Scorcese, do Tarantino, entre outros nomes. Isso implica mais um adjetivo ao nosso cineasta, ele é vanguardista, seus filmes sem prazo de validade representavam o cinema que ainda estava por vim, serão sempre atuais.

Sua obra é extensa, entre os filmes mais comentados estão todos da década de 60, alguns deles são:

  • Uma mulher é uma mulher (Une femme est une femme) de 1961
  • Viver a vida (Vivre sa vie)de 1962
  • Tempo de guerra (Les carabiniers) de 1963
  • O desprezo (Le mépris) com Brigitte Bardot. Também em 63
  • A chinesa (La chinoise, ou plutot a la chinoise) de 1967
  • Weekend à francesa (Le week-end)de 1968
Clicando aqui e aqui você pode fazer download de algumas obras do nosso cineasta.


Pós-60, Godard já consolidado continua trabalhando, entretanto seus filmes não causam tanta euforia como os da época da Nouvelle Vague , mesmo assim, nada ofusca a trajetória deste cineasta, que com uma boa dose de acidez desestabilizou o cinema provocando uma geração mais crítica e expressiva. Vale salientar que além do teor político que Godard adota em sua arte, há também um tom filosófico, como mostra esse diálogo em Vivre sa vie.

Seu último trabalho foi
Film socialisme lançado ano passado. No mais, o que podemos dizer sobre Godard e seu cinema é que ainda em uma tela preta e branca nosso cineasta perpetuou sua obra e hoje se encontra acima do bem e do mal.



Cartaz do clássico de estreia.

"Provavelmente ninguém irá chamá-lo de mentiroso, portanto faço-o eu." Godard em uma carta para Truffaut.



Ele e sua musa/companheira, Anna Karina.


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Postado por Clarissa Moraes.
















Um comentário:

  1. Très joli!
    Il y a beaucoup des informations, vous avez bien travaillé. Bravo, bravo Clarissa!
    Et après,Je vais vous donner un copie de Bout de Soufle d'accord?

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